José nos Evangelhos
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Arquivo DR - * Frei Luizinho Marafon – Pároco da Igreja São Lourenço Mártir e Nossa Senhora Aparecida
* Frei Luizinho Marafon – Pároco da Igreja São Lourenço Mártir e Nossa Senhora Aparecida
A palavra sonho aparece algumas vezes no Novo Testamento, se referindo a José. Deus, sempre através de um emissário, anjo, convence José de fazer o contrário do que ele estava planejando. Vejamos:
José assume a paternidade legal de Jesus
“Quando José quis abandonar Maria, não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo, o anjo do Senhor manifestou-se, em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espirito Santo” (Cf. Mt 1, 18-25). José aceita a proposta do anjo porque é “justo”, conhece as virtudes de Maria, se recusa a usar a lei, quer ir embora, mas obedece ao chamado do Anjo do Senhor. José aceita a paternidade de Jesus porque acredita, porque tem fé, é homem de responsabilidade, era justo. Os santos, Doutores da Igreja afirmam que este qualificativo designa que São José possuía todas as virtudes num grau elevado de perfeição.
A Fuga para o Egito
Em (Mt 1,13-15) lemos: “Eis que o anjo do Senhor manifestou-se em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, todo o menino e sua mãe e foge para o Egito. Fica lá até que eu te avise, porque Herodes procurará o menino para o matar”. Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe, durante a noite, e partiu par o Egito. Ali ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que dissera o Senhor por meio do profeta: Do Egito chamei o meu filho. Mateus, no capítulo 1 do seu Evangelho, apresenta a pessoa de Jesus como, ilho de Davi e filho de Deus.
Retorno do Egito para Nazaré.
A volta do Egito também é marcada por um sonho: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, pois os que buscavam tirar a vida ao menino já morreram. Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe e entrou na terra de Israel. Mas ouvindo que Arquelau era rei da Judéia em lugar d seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Tendo recebido um aviso em sonho, partiu para a região da Galiléia, e foi morar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que foi dito pelos profetas: Ele será chamado Nazoreu”. (2,19-13)
Apresentação de Jesus no Templo
“Terminados os dias da purificação deles segundo a lei de Moisés, levaram-no para Jerusalém a fim de apresenta-lo ao Senhor (...). Os pais introduziram o menino Jesus no Templo, a fim de cumprirem a respeito dele o prescrito na lei (...). O pai e a mãe estavam maravilhados com o que se dizia dele (...). Cumpridas todas essas coisas, segundo a lei do Senhor, voltaram à galileia, para Nazaré, sua cidade” (Lc 2.22.27.33.39).
Jesus aos 12 anos no Templo
“Todo ano, na festa da Páscoa, os pais iam a Jerusalém. Quando ele completou 12 anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. E. acabados os dias de festa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o encontraram no Templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo e fazendo perguntas. Todos os que o escutavam maravilhavam-se da inteligência e de suas respostas. Quando o viram, admiraram-se e a mãe lhe disse: ‘Filho, por que agiste assim conosco? Olha, que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos’. E ele lhes respondeu: ‘Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar na casa do meu Pai?’ E desceu com eles, vinda para Nazaré, e lhes era submisso” (Lc 2,41-51).
Filho de José, o carpinteiro
“Jesus foi para sua terra e ensinava na sinagoga de maneira que, admiradas, as pessoas diziam; ‘Não é ele o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e seus irmãos Tiago e José, Simão e Judas? Suas irmãs não estão todas entre nós? (Mt 13,54-56). “Todos se puseram a falar dele e, maravilhados das palavras cheias de graça que saiam de sua boca, diziam: ‘Não é este o filho de José?” (Lc 4,22).
“Filipe encontrou Natanael e lhe falou: ‘Achamos aquele de quem escreveram Moisés na lei e os profetas: Jesus, filho de José de Nazaré’(...) Murmuravam dele os judeus porque dissera: ‘Eu sou o pão que desceu do céu’. E diziam: ‘Não é ele Jesus, filho de José? Não conhecemo0s seu pai e sua mãe? Como pode dizer: Desci do céu?” (Jo 1,45; 6,41-42).
São Tomas de Aquino afirma que “Deus confere as graças e privilégios à medida da dignidade e da elevação do estado a que destina o indivíduo”. Podemos imaginar dignidade maior do que a de José que, por desígnio de Deus é esposo de Maria e pai do seu divino Filho?
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